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20 de Abril de 2024

Temer, Lula e FHC articulam ‘pacto’, diz jornal

Publicado por Caio Rivas
há 7 anos

SÃO PAULO, 13 ABR (ANSA) – Emissários do presidente Michel Temer (PMDB) e de dois de seus antecessores, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), estariam negociando um “pacto” para garantir a sobrevivência política dos três partidos nas eleições de 2018.

A informação é do jornal “Folha de S. Paulo”, que diz que o acordo começou a ser costurado em novembro do ano passado. Em restaurantes sofisticados e apartamentos de autoridades, aliados de Temer, Lula e FHC teriam discutido medidas para impedir que as três legendas sejam “exterminadas”.

Ainda segundo a “Folha”, pessoas ligadas aos três líderes avaliam que a Lava Jato quer eliminar a classe política e “abrir espaço para um novo projeto de poder, capitaneado por aqueles que comandam a investigação”.

Os principais emissários nessas conversas seriam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o ex-integrante da corte Nelson Jobim. Este último, de acordo com o jornal, já almoçou com Temer e FHC e marcou um encontro com Lula nos próximos dias.

O peemedebista, o petista e o tucano foram citados nas delações premiadas de executivos da Odebrecht e, com exceção de Temer, que não pode ser investigado por fatos anteriores a seu mandato, serão alvos de inquéritos por suspeita de recebimento de recursos ilegais.

Os três acreditam que eleições conturbadas no ano que vem podem favorecer candidatos “aventureiros”. Segundo a “Folha”, o acordo incluiria a manutenção de Temer no poder até o fim de 2018 e a participação de Lula no pleito presidencial.

Além disso, os três partidos poderiam patrocinar a aprovação da cláusula de barreira no Congresso e o fim das coligações proporcionais – o que dificultaria a vida de legendas pequenas e propensas a lançarem outsiders -, a anistia ao caixa dois, o relaxamento das prisões preventivas e um novo modelo de financiamento eleitoral.

Lula, Temer e FHC já teriam se falado em fevereiro, durante a internação da ex-primeira-dama Marisa Letícia, mas, de acordo com a “Folha”, não há previsão para um novo encontro. (ANSA)

Fonte: http://istoe.com.br/temer-lulaefhc-articulam-pacto-diz-jornal/

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Lamentável a notícia de que um ministro e um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal estejam metidos em articulações espúrias. Importa lembrar que o Supremo há muito tempo vem dando sinais de sensibilidade a pressões políticas. Têm-se, pelo menos, meia dúzia de decisões teratológicas, observem:

a) Na época do mensalão a desqualificação do crime de quadrilha foi o primeiro sinal. Até um aluno da faculdade de Direito sabe que os crimes cometidos naquele escândalo enquadravam-se perfeitamente na descrição daquele delito.

b) O segundo sinal veio com o fatiamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, permitindo que ela mantivesse os direitos políticos intactos, apesar de cassada.

c) O terceiro foi a liminar concedida para libertar Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann, preso preventivamente por receber propina referente a contratos de prestação de serviços de informática pela empresa Consist, no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015.

d) O quarto sinal aconteceu por ocasião da desobediência de Renan Calheiros à liminar para se afastar da presidência do Senado, por não poder figurara linha substitutiva do presidente da República. Nesse episódio, o Supremo dobrou-se à birra do senador de modo vexatório, permitindo-lhe continuar no exercício do cargo.

e) O quinto sinal foi a manutenção da nomeação de Moreira Franco, o Angorá, como ministro de Temer, apesar de evidente o intuito de blindá-lo com foro por prerrogativa de função, como aconteceu na época da tentativa de nomear Lula para a chefia da Casa Civil do governo Dilma.

f) O sexto e último sinal surgiu com a recente decisão do Ministro Alexandre de Moraes no sentido de estender a imunidade personalíssima do parlamentar a uma funcionária do gabinete da deputada Simone Morgado, esposa do senador Jader Barbalho, de sorte a não permitir sua condução coercitiva para depor num processo judicial.

As perguntas que não querem calar é, pois, a seguinte: até onde vai a subserviência do STF aos poderosos de plantão? continuar lendo

Não existe surpresa, são farinha do mesmo saco, e o povo ooo! continuar lendo